
25 Aprile. Dia da Libertação da Itália.
Programação Especial da Rádio Brasitalia celebra o legado do 25 de abril na Itália. A luta antifascista por liberdade e democracia.
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O 25 de abril celebra o Dia da Libertação da Itália, marco histórico que completa 80 anos, em 2025. Em 1945, os partigiani e a população organizada venceram as forças nazistas e fascistas. A data permanece como um poderoso tributo à resistência e ao compromisso com a liberdade.
O espírito dessa luta foi capturado em obras como as canções “Bella Ciao” e “Fischia il Vento”, os quadros de Renato Guttuso, gravuras de Carlo Levi e os monumentos de Giacomo Manzù e Giuliano Vangi. Na literatura, Cesare Pavese, Giuseppe Ungaretti e Italo Calvino retrataram os dilemas e esperanças da resistência em suas obras.
“Bella Ciao”: Esta canção popular italiana surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, como um hino dos partigiani que lutavam contra o fascismo e a ocupação nazista. Embora sua origem exata seja incerta, acredita-se que tenha sido inspirada por canções folclóricas de trabalhadores rurais. Esteticamente, sua melodia simples e repetitiva facilita a memorização e a transmissão oral, enquanto sua letra evoca um forte sentimento de resistência e sacrifício.
“Fischia il Vento”: Escrita por Felice Cascione, esta canção tornou-se outro símbolo da resistência italiana. Composta em 1943, sua melodia é baseada em uma canção soviética, refletindo a influência internacional na luta antifascista. A letra é poética e combativa, enquanto a melodia é marcante e inspiradora.
“25 Aprile” de Renato Guttuso: Guttuso, conhecido por seu estilo expressionista e engajado politicamente, produziu obras que capturam a luta pela liberdade e os desafios sociais. Embora não haja uma pintura específica com este título, muitas de suas obras refletem o espírito do 25 de abril. Suas pinceladas vigorosas e uso de cores intensas transmitem emoção e urgência, características de seu compromisso com temas sociais.
“La Resistenza” de Carlo Levi: Levi, além de escritor, era um artista visual que retratava a vida dos partigiani em suas gravuras. Produzidas durante e após a guerra, suas obras são caracterizadas por traços fortes e um estilo quase documental, capturando a realidade brutal da resistência.
Monumento aos Partigiani em Bergamo: Este monumento foi criado em 1977, pelo escultor italiano Giacomo Manzù. Ele é conhecido por suas obras que frequentemente abordam temas de sofrimento humano e resistência. O monumento, localizado em Milão, é uma homenagem aos partigiani que lutaram contra o fascismo durante a Segunda Guerra Mundial.
“Stazzema” Em referência ao massacre nazista ocorrido em Sant’Anna di Stazzema em 1944, Giuliano Vangi projetou um corpo imóvel, nu e estendido, com mãos grandes segurando uma criança sem vida, sobre um peito côncavo.
“Tu non sai le colline” de Cesare Pavese: Este poema reflete o contexto da resistência italiana durante a Segunda Guerra Mundial. Pavese, um dos maiores escritores italianos do século XX, utilizava uma linguagem direta e introspectiva, explorando os dilemas morais e o impacto psicológico da guerra. Sua estética literária combina simplicidade com profundidade emocional.
Tu non sai le colline
dove si è sparso il sangue.
Tutti quanti fuggimmo
tutti quanti gettammo
l’arma e il nome.
Una donna ci guardava fuggire.
Uno solo di noi
si fermò a pugno chiuso,
vide il cielo vuoto,
chinò il capo e morì
sotto il muro, tacendo.
Ora è un cencio di sangue
e il suo nome.
Una donna
ci aspetta alle colline.
Você não conhece as colinas
onde o sangue foi derramado.
Nós todos fugimos
todos nós jogamos
a arma e o nome.
Uma mulher
ele nos viu fugir.
Apenas um de nós
ele parou com o punho fechado,
ele viu o céu vazio,
ele abaixou a cabeça e morreu
sob o muro, silencioso.
Agora é um trapo de sangue
e seu nome.
Uma mulher
nos espera nas colinas.
“Per i morti della Resistenza” de Giuseppe Ungaretti, conhecido por sua poesia concisa e intensa, escreveu este poema durante o período de guerra. Reflete o desejo universal de liberdade, homenageando aqueles que se sacrificaram para que a liberdade pudesse se tornar um bem comum.
“Qui
Vivono per sempre
Gli occhi che furono chiusi alla luce
Perché tutti
Li avessero aperti
Per sempre
Alla luce”
“Il Sentiero dei Nidi di Ragno” ( A Trilha dos Ninhos de Aranha ) de Italo Calvino: Publicado em 1947, este romance neorrealista explora a resistência através dos olhos de um jovem. Calvino utiliza uma narrativa rica em simbolismo e imaginação, criando uma estética que mistura realismo e fantasia para refletir os dilemas da guerra.
Programação Especial da Rádio Brasitalia celebra o legado do 25 de abril na Itália. A luta antifascista por liberdade e democracia.
Escrito por brasitaliawebradio@gmail.com
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