Listeners:
Top listeners:
Brasitalia WebRádio Música, Informação e Entretenimento
10 de junho de 1940, chegava a hora das decisões irrevogáveis para a Itália, é o que disse em discurso, o Ditador Benito Mussolini , da sacada do Palácio Veneza, quando fez o famoso discurso com o qual anunciou a entrada da Itália na guerra ao lado da Alemanha nazista de Adolf Hitler.
A partir daquele fatídico dia, começava uma longa e trágica aventura para o país, que só terminaria depois de quatro anos, dez meses, vinte e três dias e mais de 400 mil mortos italianos entre civis e militares.
No início da tarde de 10 de junho de 1940, nas ruas de Roma, os autofalantes anunciavam aos italianos que o Duce faria um importante discurso às seis. Por volta das 16h, uma multidão composta principalmente por jovens começa a se reunir na Piazza Venezia.
O discurso de Mussolini, como muitas vezes antes, não era um discurso de fato: era mais um diálogo de mão dupla, entre o ditador e a multidão amontoada abaixo, representação vociferante de todo o povo, o seu povo, os “novos italianos”, que durante anos na escola, nas praças, nos livros, no rádio e no cinema foram preparados para aquele momento.
Era o tão aguardado Clímax do fascismo, a partir de onde, o ditador esperava caminhar para a Glória e a eternização do seu poder. Era o início daquilo que o Fascismo prometera àquela geração.
Todas as promessas de glórias do fascismo eram na verdade uma manipulação de ódios, um engano coletivo pelo qual o país pagaria caro, chegando ao fim da guerra destruído e com seu ditador deposto e depois morto pela multidão sofrida e sedenta por vingança.
Uma lição dura da qual o país não pode se esquecer, principalmente porque entre as novas gerações, há novamente quem queira relativizar a vilania daquela ideologia e lhe resgatar o sentido enganoso.
Hoje o país pode olhar para aquela praça e enxergar que estavam diante de descaminhos, mas é preciso relembrar sempre como se chegou até ali e como se foi adiante, para que os mesmos erros não se repitam e para que não se atice mais uma vez, a cadela do fascismo sempre no cio, para lembrar a brilhante figura de linguagem de Bertold Brecht.
Ouça abaixo, após a publicidade, mais detalhes desta data trágica e histórica no programa especial da Rádio Brasitalia.
Escrito por brasitaliawebradio@gmail.com
Comentários da publicação (0)